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Onde Estão As Galáxias Espirais?

A investigação dos mistérios do universo tem levado os cientistas a explorar as características e a distribuição das galáxias no vasto cosmos. Um fenômeno intrigante observado é a predominância de galáxias espirais, como a Via Láctea, em certas regiões do Universo Local, enquanto em outras, como no Plano Supergaláctico, elas são raras. Este artigo busca elucidar este fenômeno, utilizando estudos recentes conduzidos por uma equipe de pesquisa internacional, incluindo especialistas da Universidade de Durham.

O Plano Supergaláctico, uma estrutura colossal que se estende por aproximadamente um bilhão de anos-luz, é caracterizado pela sua densidade elevada de galáxias elípticas brilhantes, mas uma carência notável de galáxias espirais brilhantes com braços. Essa discrepância intrigou os astrônomos e levou a investigações mais profundas sobre as causas subjacentes.

Os pesquisadores propõem que as diferenças nas distribuições das galáxias elípticas e de disco são resultado direto dos ambientes variados dentro e fora do Plano Supergaláctico. Em regiões densas, como os aglomerados de galáxias no Plano, ocorrem interações e fusões frequentes entre galáxias. Estes eventos são responsáveis pela transformação das galáxias espirais em elípticas, que são caracterizadas por uma estrutura mais homogênea e a ausência de braços espirais.

Por outro lado, em regiões mais isoladas e distantes do Plano, as galáxias tendem a evoluir de maneira mais autônoma. Este isolamento relativo favorece a preservação das características espirais, que são uma assinatura de galáxias menos perturbadas e mais jovens em termos de formação estelar.

Para fundamentar essas hipóteses, a equipe utilizou a simulação SIBELIUS, realizada em um supercomputador. Esta simulação oferece uma representação detalhada da evolução do Universo ao longo de 13,8 bilhões de anos, desde suas fases mais primitivas até a atualidade. A precisão da simulação é tal que suas conclusões estão em notável concordância com as observações realizadas por telescópios, fornecendo um forte suporte para as teorias propostas pela equipe.

O estudo vai além e correlaciona seus achados com o modelo padrão do Universo, onde a maior parte da massa é composta por matéria escura fria. Este modelo tem sido fundamental para explicar a formação e a estrutura do Universo, incluindo a disposição das galáxias e os mecanismos subjacentes à sua evolução. Através da simulação SIBELIUS, os pesquisadores conseguiram demonstrar que o modelo padrão é capaz de reproduzir, de maneira fidedigna, as estruturas mais notáveis do Universo, incluindo aquelas que compõem o lar da Via Láctea.

Este artigo, ao explorar o contraste entre galáxias elípticas e espirais e a influência do ambiente em sua formação e evolução, oferece um olhar aprofundado sobre as complexidades da cosmologia e a contínua busca pelo entendimento do nosso universo. Através de avanços tecnológicos e teóricos, como os apresentados pela simulação SIBELIUS, estamos cada vez mais próximos de desvendar os segredos do cosmos e entender o lugar da Via Láctea nessa imensa tapeçaria cósmica.

Fonte:

https://durham.ac.uk/news-events/latest-news/2023/11/supergalactic-planes-missing-spiral-galaxies/

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